Amortizar antecipadamente o meu crédito habitação: Sim ou Não?

Amortizar antecipadamente o meu crédito habitação

Nos últimos tempos tem sido uma questão recorrente, em clientes com crédito habitação. Tal questão foi incentivada por uma das medidas tomadas pelo governo, como forma de atenuar a subida abrupta da taxa Euribor, que todos temos ouvido incessantemente nos telejornais e como tema de café.

Uma pergunta que muitas pessoas fazem é, devo ou não amortizar antecipadamente o meu crédito habitação? Neste artigo iremos explicar-lhe tudo.

Mas a final o que é a amortização antecipada?

Amortizar é o processo de pagamento de uma dívida, ou neste caso, o processo de pagamento de um valor que foi solicitado a uma entidade bancária para fins de habitação.

Quando o empréstimo é solicitado, é dado ao cliente um plano de pagamento, por um determinado tempo, correspondente à totalidade do valor pedido, em conjunto com os juros cobrados pelo “serviço desse empréstimo”.

Então, a amortização antecipada, conforme o nome indica, é a liquidação parcial ou total do valor em dívida, antes do prazo estipulado. 

À amortização antecipada está associada ao pagamento de uma taxa, sobre o valor que é entregue antecipadamente ao banco e que corresponde a 0,5%, em créditos de taxa variável, que são aqueles que têm sofrido aumento.

Taxa esta que foi suspensa pelo governo até ao final do ano 2023, incentivando, como referi no início deste artigo a que muitos clientes, com Crédito Habitação, entregassem parte das suas poupanças de modo a reduzir o seu capital em dívida.

Então e que efeitos isto poderá ter na mensalidade?

Com a redução do valor em dívida, o plano de amortização é recalculado. Menos dinheiro em dívida, distribuído pelo mesmo prazo, resultará numa mensalidade mais baixa.

Será então de esperar que eu diga que se baixa a mensalidade, é melhor amortizar, mas a verdade em que como quase em tudo neste âmbito, “cada caso é um caso”.

Importa, primeiro que tudo, perceber, se esse dinheiro não nos fará realmente falta. Não quer dizer que se for entregue não possa nunca mais ser restituído na nossa conta, mas não é garantido e as condições em que o podemos obter, podem ser imprevisíveis.

Estamos a atravessar uma fase instável, com subidas generalizadas de preços e ter uma poupança com liquidez para uma eventualidade.

Vou tentar dar-vos um exemplo prático:

Tenho 10.000€ em poupança e vou utilizá-los para amortizar o meu crédito habitação, com o objetivo de reduzir a minha mensalidade.

Passado uns meses, eu não tive tempo de restituir esse valor ainda e tenho um acidente, que me impossibilita de trabalhar, sem ser submetido a uma intervenção cirúrgica.

Se tivesse esse valor poderia ser operado por um serviço Privado de Saúde, mas sem eles, tenho de ficar uns meses à espera, da possibilidade de o fazer no SNS.

Parece um exemplo demasiado negativista, mas quero apenas mostrar que a entrega deste valor, deve ser pensada caso a caso, porque um valor destes não tem o mesmo peso para todos os agregados familiares.

Uma outra questão que coloco é “será que este valor, vai impactar assim tanto no encargo mensal do meu Crédito Habitação”?

A verdade é que depende de muitos fatores e há também outros fatores que podem ser ajustados, apenas com a renegociação do teu crédito habitação e/ou dos seguros associados. Algo que não tem custos e que pode fazer muita diferença.

Em suma, a amortização antecipada do crédito habitação pode ou não ser uma solução. Terá toda a vantagem em consultar um Intermediário de Crédito, que pode simular consigo o impacto que as diferentes opções podem ter no seu encargo mensal com o Crédito Habitação e acompanhar em todo o processo.

Precisa de ajuda?

O melhor será sempre recorrer a um Intermediário de Crédito, que como especialista na área poderá analisar o seu caso em particular. O melhor é que não tem custos para si. De que está à espera?

Fale agora com o Luís Morais ao preencher o formulário aqui ou através do email luis.morais@credivel.pt.

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