Taxa fixa ou variável: qual a melhor para o Crédito Habitação?

Taxa fixa ou variável: qual a melhor para o Crédito Habitação?

Antes de responder a esta questão, gostaria de dizer que tudo o que escrevo tem uma componente de pesquisa, obviamente, onde retiro e vou à procura de soluções e por outro lado uma opinião muito própria, fruto das experiências que tenho e tive, portanto não sou dono da verdade (espero que ninguém seja).

Ora bem…esta é uma pergunta feita inúmeras vezes e como muitas outras perguntas que me fazem a resposta é: depende.

E depende do quê?

Depende de várias variáveis como o valor do rendimento que pretende alocar à prestação do crédito, depende se necessita de um maior montante que a sua taxa de esforço o permite para uma taxa variável, depende do prazo que quer pagar o empréstimo, depende da percentagem da compra que deseja financiar etc…

Leia também: Taxa de esforço ideal: como calcular?

Taxa fixa ou variável? Antes de saber qual o tipo de taxa que se adapta a si, vamos ver algumas diferenças entre elas:

Taxa variável

Está interligada à Euribor, é este o indicador de referência que soma ao spread para dar a sua taxa final, neste momento a Euribor encontra-se em mínimos históricos, o que quer dizer que as taxas de juros estão baixas e isso reflete-se na prestação.

Tenho lido bastante sobre isto e antes da pandemia já se previa que era possível haver um aumento gradual da Euribor até que se estabilizasse em valores positivos.

Pós pandemia, acredito que esta previsão esteja certa no entanto julgo que ainda demorará mais a haver este aumento, não sabemos se demorará 5 anos, 10 anos, 15, 20…., acredito que a mesma não suba como subiu em 2008 (onde atingiu valores superiores a 5%) e que este aumento seja muito gradual e lento e uma vez em terreno positivo que tenha de se consolidar durante mais tempo ainda.

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Taxa fixa

A grande vantagem deste tipo de taxa é que nos dá logo o valor que iremos pagar ao longo do empréstimo (aqui muito cuidado pois há bancos a fazer taxas fixas a 5 e 10 anos, o que não tem qualquer sentido no ponto de vista financeiro), por outro lado, obviamente os bancos não andam neste jogo para perderem, então estas taxas têm valores mais elevados, fruto da cobertura para o risco da subida.

Então quando me pedem opinião o que digo?

Digo que estou confiante que nos próximos 10 anos as taxas não aumentarão para valores absurdos que se justifique fazer uma taxa fixa.

Acredito que mesmo que subam não compensarão as taxas fixas praticadas atualmente e digo para fazerem as contas de quanto se paga a mais pela taxa fixa ao banco mensalmente e somar por 10 por exemplo e ai vemos o valor a mais que estamos e tivemos a dar ao banco.

Digo também, que se fosse eu a escolher escolheria uma taxa variável, no entanto, se o cliente quiser muito uma taxa fixa e se for mesmo muito importante saber quanto vai pagar ao longo do empréstimo e se isso lhe retirar o sono, acho que deve contratar uma taxa fixa, pois tem uma razão plausível e o importante é sentir-se bem com a sua escolha.

Apenas como nota final, em muitos casos contratando uma taxa fixa conseguimos em alguns bancos um montante de empréstimo maior, pois a DSTI contabiliza o aumento de 3 pontos percentuais na Euribor e no casa de uma taxa fixa não.

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